Após uma das maiores tragédias da história do Brasil, que paralisou o estado do Rio Grande do Sul, o futebol gaúcho por extensão ficou também parado. Os estádios deles, em especial a Arena do Grêmio e o Beira-Rio não estão em condições de serem usados, pois foram devastados pela chuva. Foi um momento sem reais precedentes na história do estado, levando a destruição de maneira ainda não vista. E os estádios e o futebol refletem isto, tendo ficado paralisado e sem onde fazer. Alguns jogadores fizeram um belo exemplo de solidariedade ajudando as pessoas e fazendo assistência. Como os dois goleiros, Caíque, gremista, e Rochet, colorado. Além do atacante gremista Diego Costa.
Frente tal situação, o Campeonato Brasileiro, bem como a Libertadores e a Sul-americana tiveram de se reorganizar, achar uma maneira de contornar tal situação maior, achar uma maneira do futebol continuar com seus times gaúchos participantes, Grêmio, Inter e Juventude atuando. A solução maior foi transferir para outros estádios e CTs, uma vez que estes estão agora interditados. Para os jogos da CBF serão majoritariamente feitos no estádio Alfredo Jaconi de Caxias do Sul, uma vez que este foi recuperado. Quanto aos jogos da Conmebol, por terem de ser próximos de aeroportos, os do Grêmio serão no Couto Pereira, estádio do Coritiba, na cidade de Curitiba, e os do Inter na Arena Barueri, na cidade homônima.
Na Libertadores, o Grêmio apresentou até agora um belo desempenho neste retorno. Em uma posição delicada para a classificação no campeonato, não podendo mais perder, o tricolor mostrou um desempenho capaz de vencer, de se colocar na próxima fase. Jogando contra o boliviano The Strongest, para o qual tinha perdido em La Paz, agora se salvou, recuperou e fez o que já devia ter feito, o vencendo por 4X0. Com belos gols de Soteldo, João Pedro, Galdino e Gustavo Nunes. Especialmente no primeiro, com a ajuda de Diego Costa, um belíssimo gol. Já na Sul-americana o Inter perdeu para o argentino Belgrano, por 2X1, apesar de ter tido menos posse de bola. Gols marcados por Pablo Chevarría, um dos mais importantes do time. O gol colorado foi feito por Rafael Borré, contratação recente do time, antes dos dois do argentino.
Já em relação ao Brasileirão, a situação ficou um pouco diferente. Pois na disputa contra o Bragantino o Grêmio apanhou bastante. Com posse de bola e chutes a gol fracos, também por estar majoritariamente com reservas na partida, fora muito tempo sem treinar direito, terminou ficando para trás no jogo, levando gol já com dois minutos no primeiro tempo e sofrendo um pênalti no segundo. Contra um time ainda um pouco desconhecido, mas que vem se armando, não soube se preparar. Já o Inter, embora não tenha jogado bem, conseguiu vencer o Cuiabá. Isto principalmente por estar contra um time fraco e que ainda não venceu nenhum jogo este ano. E ainda assim os dois patinaram no primeiro tempo, sem qualquer atitude ou força, só jogando a bola de um lado para outro. No segundo, após uma cena memorável de um quase gol morango e um pênalti anulado do mesmo, passou pela defesa cuiabana e fez um gol. Quase teve goleiro expulso depois, mas evitou e segurou o placar. O Juventude, por sua vez, numa boa demonstração de talento do técnico Roger, conseguiu empatar com o Fluminense, do técnico Diniz, após sofrer um gol de pênalti. Não foi uma vitória, mas Juventude já mostrou um mérito além do comum para um time de seu porte.
Nesta semana de retorno, tivemos altos e baixos dos times. Onde um foi bem o outro foi mal. Já é bastante típico da dupla Grenal este tipo de situação gangorra. Que mais uma vez é vista. Ainda há muito a recuperar das perdas e atrasos. O Grêmio, assim se espera, vencerá o Huachipato no Chile, mesmo tendo perdido para ele na Arena alguns meses atrás. São momentos em que a normalidade vai sendo lentamente restabelecida, uma volta dos times. Que assim seja, e venham grandes momentos para novamente alegrar os gaúchos.
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