Um dos maiores nomes da literatura espanhola, figura central no século de ouro espanhol, o poeta Francisco de Quevedo se consagrou por seu lirismo rápido, espirituosos, sarcástico e de grande densidade poética. É, para mim, junto com o chileno Nicanor Parra e a mexicana Sor Juana Inés de La Cruz, o grande poeta da língua espanhola. Quevedo e Juana por terem um forte lirismo, associado muitas vezes a uma religiosidade, ou ao menos uma inigualável combinação de lirismo com a religiosidade, poetizando fortemente os aspectos religiosos, lhes dando novas dimensões. Já Nicanor Parra, mais recente, possui outra liricidade, outra forma de escrita, desafiando a forma de escrita e fazendo outros conteúdos, mas sempre tomado pelo espírito da poesia.
Porém Quevedo consegue trazer uma beleza ainda mais presente, com uma combinação de versos, nos quais conseguem transmitir o jogo destes, fazendo-se capaz de levantar o ardil, beleza, os aspectos mais fortes das palavras. Fazendo isso, Quevedo garante para seus versos o que há de belo e bom, em tons satíricos, amorosos ou religiosos. Há também um encaixe, métrica e estilo muito bem feito, nos quais vemos fortemente a completude, com tudo fazendo um círculo, uma boa colocação e uma força poética bastante suave e forte, que forma uma completude. Ainda que seja unânime como bom autor apenas em seus versos, sendo controverso em outras das formas de escrita que praticou Quevedo se tornou quase que unanimemente um poeta respeitado, por sua forma e conteúdo, pelo que colocou e foi, enfim.
Como poeta, sua forma se destaca pelo lirismo, pela maneira como levanta os mais diversos aspectos e lhes coloca em seus versos, garantindo um declamar, uma organização das palavras capaz de mexer fortemente com a pessoa que lhe lê, sendo assim um poeta de grande valor. Poucos tinham um domínio tão bom do lirismo quanto os poetas hispânicos, que garantiam esta beleza de versos transmitindo de maneira forte o que passavam, através de versos e palavras fluídas.
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