A Americanas, gigante do varejo brasileiro, continua enfrentando os efeitos de sua crise financeira, que teve início em janeiro de 2023. Segundo o mais recente relatório divulgado pela empresa na quarta-feira (28), o número de funcionários com carteira assinada caiu de 43.123 no início do ano passado para 32.821 entre os dias 19 e 25 de agosto de 2024, resultando na demissão de 9.302 colaboradores durante o período. Além disso, a empresa fechou 188 lojas desde o início de sua recuperação judicial.
Apesar das dificuldades, a Americanas contratou 262 novos funcionários na última semana, embora o número de desligamentos tenha sido superior, com 391 saídas registradas. Dentre essas, 188 foram pedidos de demissão, 180 resultaram de dispensas diretas e 23 foram encerramentos de contratos temporários e de experiência. O fechamento de lojas também é significativo: em janeiro de 2023, a rede contava com 1.880 unidades, número que caiu para 1.754 atualmente, embora tenha atingido um ponto ainda mais baixo em fevereiro deste ano, com 1.692 lojas.
Em nota, a Americanas justificou as medidas como parte de seu plano de reestruturação e mencionou que as decisões de fechamento e abertura de lojas seguiram a sazonalidade do varejo, bem como critérios rigorosos de rentabilidade. A empresa destacou, ainda, que apesar do encerramento de operações deficitárias, houve um crescimento de quase 10% na plataforma física no primeiro semestre de 2024, mantendo aproximadamente 1.700 lojas em funcionamento.
A Americanas também informou que os desligamentos fazem parte de um movimento para integrar mais eficientemente suas operações físicas e digitais, com o objetivo de gerar caixa e acelerar o crescimento da empresa. A companhia assegurou que o plano de transformação não afetou suas principais áreas operacionais, reafirmando o compromisso com a recuperação e a sustentabilidade do negócio a longo prazo.
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