O mercado financeiro voltou a elevar suas expectativas para a inflação, o câmbio e o crescimento econômico do Brasil em 2024, conforme revela a última edição do Relatório Focus, divulgada nesta segunda-feira (2) pelo Banco Central (BC). A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, subiu pela sétima semana consecutiva, passando de 4,25% para 4,26%. Embora a variação seja mínima, ela reforça a tendência de alta observada nos últimos meses. Em contrapartida, a estimativa para a inflação em 2025 caiu levemente, de 3,93% para 3,92%.
Além da inflação, o câmbio também apresentou um leve aumento nas projeções. A previsão para o dólar ao final de 2024 subiu de R$ 5,32 para R$ 5,33, mantendo uma tendência de alta que se repete pela terceira semana consecutiva. Para 2026 e 2027, as expectativas para o dólar também foram ajustadas para cima, refletindo uma cautela maior do mercado em relação ao futuro econômico do país.
No que diz respeito ao Produto Interno Bruto (PIB), o relatório aponta um crescimento de 2,46% para 2024, marcando a terceira revisão positiva consecutiva. Apesar disso, para 2025, o mercado ajustou a previsão de crescimento para baixo, de 1,86% para 1,85%, sugerindo uma desaceleração econômica nos anos subsequentes. As estimativas para 2026 e 2027, no entanto, permanecem estáveis em 2%, indicando uma expectativa de estabilização a médio prazo.
Por outro lado, a taxa Selic, a taxa básica de juros do país, permaneceu inalterada em 10,50% ao ano para 2024, marcando a décima primeira semana consecutiva sem alterações nas projeções do mercado. Esse patamar indica que o Banco Central não deve promover cortes adicionais na taxa de juros ao longo do próximo ano. Para 2025, a expectativa também permaneceu estável em 10%, enquanto as projeções para 2026 e 2027 ficaram em 9,50% e 9%, respectivamente.
Mín. 17° Máx. 29°