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Mediunidade

. Como pessoas, podemos, a partir daquilo chamado pelo filosofo alemão Johann Gottlieb Von Fichte de autoconsciência imediata, nos perceber e intuir diversas coisas, associadas com as imagens e ideias que criamos ao longo da vida e a exploração e os pensamentos destas. 

14/09/2024 às 09h09
Por: Pedro Fagundes de Borba
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Fichte; PICRYL
Fichte; PICRYL

Como um fenômeno transversal e inerente ao ser humano, se manifestando de diferentes formas, a mediunidade torna-se uma das mais importantes e fortes características humanas. Pois dela se consegue desprender uma série de conhecimentos, percepções e análises que não podem ser tão bem vistas em outras coisas ou manifestações. Pois é tanto uma comunicação quanto também uma percepção. Uma comunicação enquanto algo que consegue perceber e falar coisas dos espíritos desencarnados. Mas também, e de maneira tão forte quanto, uma percepção com os encarnados, uma vez que sua presença ali se coloca e manifesta, percebendo também fortemente o que pensam e passam os encarnados, aqueles que agora estão neste plano. 

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Neste sentido, quando ocorre, reflete ela diretamente uma habilidade de perceber os espíritos na volta, encarnados e desencarnados. Do primeiro tipo ocorre de maneira mais coletiva, pois a maioria das pessoas consegue perceber o que está em sua volta e os tipos de pessoas, algumas mais fortemente que outras. Em si, isto surge quando há uma profunda conexão com o local em que se está. Podendo assim perceber encarnados e desencarnados presentes. Para esta percepção ser boa, uma educação mediúnica é importante. Que é a associação entre os conhecimentos e a vivência do médium com um estudo da doutrina, um saber de seu caráter e características. Nesta dialética, aprofunda a mediunidade e lhes traz novos aspectos e ideias, por aquilo que é e pensa. O que permite um enriquecimento e maior conhecimento.

Os principais tipos de mediunidade são a ostensiva, mais conhecidos e a intuitiva, mais comuns. Neste ponto é também importante dizer que a mediunidade é, antes de outra coisa, uma educação dos sentimentos. Pois sendo eles algo muito forte em nós, o que nos dá a vida e a possibilidade de ver e saber muitas, os conhecer e saber seu funcionamento, que é um processo educativo, quando educada tal mediunidade pode-se saber melhor muitas coisas e também estar melhor no mundo. Como pessoas, podemos, a partir daquilo chamado pelo filosofo alemão Johann Gottlieb Von Fichte de autoconsciência imediata, nos perceber e intuir diversas coisas, associadas com as imagens e ideias que criamos ao longo da vida e a exploração e os pensamentos destas. 

Assim sendo, quando tal intuição e autoconsciência são mais educadas e apuradas, o Médium consegue mais facilmente perceber o que está em sua volta, ou seja, ter uma visão mais completa e aguçada tanto do mundo dos encarnados quanto dos desencarnados, permitindo sua comunicação e entendimento destas duas partes. É uma condição e uma capacidade muito bela e importante, sobretudo aos encarnados, que buscam saber, entender e melhorar a vida, ver aquilo que possuem e está nesta encarnação. Pondo-se nesta condição, com uma boa capacidade e preparo, pode o indivíduo ter uma grande habilidade e conhecimentos, chegando ao fundo do saber e tendo mais completas visões. Alguém que, indo além das imagens, como Fichte coloca, vá chegando mais fundo ao conhecimento, passando por várias destas imagens até lhes atingir a essência. Que é, ainda, um dos grandes mistérios dos humanos. 

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