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Brasil substitui vacina oral contra poliomielite por versão injetável até novembro de 2024

Decisão segue recomendação da OMS e visa fortalecer imunização infantil contra a paralisia infantil

20/09/2024 às 10h03
Por: Agência 2CNews
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Reprodução/Agência AC
Reprodução/Agência AC

O Ministério da Saúde anunciou que até 4 de novembro de 2024 a vacina oral contra a poliomielite (VOP), popularmente conhecida como "gotinha", será substituída pela versão injetável, a vacina inativada poliomielite (VIP). A medida foi aprovada pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e segue as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), que orienta a interrupção do uso da VOP. Países como Estados Unidos e diversas nações europeias abandonaram o uso da vacina oral há mais de uma década.

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Atualmente, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) prevê que crianças menores de 5 anos recebam três doses da vacina injetável aos 2, 4 e 6 meses, seguidas por dois reforços com a versão oral. Com a mudança, a partir de novembro, as crianças que já tiverem completado as três doses da VIP receberão apenas um reforço injetável aos 15 meses de idade, eliminando a necessidade de uma dose extra aos 4 anos. A transição para o novo esquema será gradual, buscando otimizar a segurança e a eficácia na proteção contra o poliovírus.

A poliomielite, também chamada de paralisia infantil, é uma doença viral que pode causar sequelas graves, como paralisia permanente, principalmente em crianças pequenas. O Brasil erradicou a doença em 1994, mas a queda nas taxas de vacinação observada nos últimos anos acendeu o alerta entre especialistas, que temem o retorno do vírus. A doença se transmite por contato direto com fezes ou secreções de pessoas infectadas, podendo, em casos graves, afetar o sistema nervoso central.

A mudança para a vacina injetável representa um reforço importante nas ações de prevenção, alinhado às estratégias globais de erradicação da poliomielite. O Ministério da Saúde espera que a medida, além de garantir maior segurança, ajude a elevar as coberturas vacinais, que vêm sofrendo queda nos últimos anos, colocando em risco o sucesso conquistado na luta contra a doença.

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