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Divisão de direitos de transmissão promete reformular o Brasileirão a partir de 2025

Blocos Libra e Liga Forte União fecham acordos milionários com diferentes plataformas, mudando o cenário televisivo do futebol brasileiro

23/09/2024 às 11h36
Por: Agência 2CNews
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Pixabay
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A partir de 2025, o Campeonato Brasileiro passará por uma mudança histórica em seus direitos de transmissão, com os clubes divididos entre os blocos Libra e Liga Forte União (LFU). Essas organizações, que têm negociado de forma independente, fecharam contratos significativos com diversas plataformas, o que trará maior fragmentação na exibição dos jogos. Pela primeira vez desde 1992, a Globo, tradicional transmissora do futebol nacional, terá que dividir as transmissões com empresas como Record, YouTube e Amazon Prime Video.

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A Libra, composta por gigantes como Palmeiras, Flamengo e Atlético-MG, assinou um acordo de cinco anos com a Globo, que deve render cerca de R$ 5,5 bilhões aos clubes ao longo do período. O contrato, que envolve transmissões em TV aberta, fechada, streaming e pay-per-view, beneficia os clubes que atuam como mandantes. Já a LFU, com equipes como Corinthians, Internacional e Cruzeiro, optou por diversificar seus acordos. Até o momento, já firmou contratos com Record, YouTube e Amazon, totalizando uma receita anual de R$ 750 milhões, com expectativa de mais acordos em negociação.

A distribuição dos direitos de transmissão entre os dois blocos significa que as partidas do Brasileirão serão exibidas em múltiplas plataformas. Por exemplo, um confronto entre Palmeiras e Corinthians no Allianz Parque será transmitido pela Globo, enquanto um duelo na Neo Química Arena será exibido por Record e YouTube. Essa nova dinâmica promete aumentar a competitividade entre as emissoras, mas também fragmentar a experiência dos torcedores, que precisarão acessar diferentes serviços para assistir a todos os jogos.

A divisão entre Libra e LFU também reflete as dificuldades em consolidar uma liga nacional única, independente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Apesar dos esforços de ambas as partes, divergências na negociação dos direitos de transmissão têm atrasado a criação de uma estrutura unificada para o futebol brasileiro, mas os novos acordos de mídia já sinalizam um novo capítulo para o esporte no país.

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