Quinta, 03 de Outubro de 2024
30°

Tempo limpo

Brasília, DF

Saúde Vacina contra Dengue

Baixa adesão à segunda dose da vacina contra dengue preocupa especialistas

Mais de 521 mil crianças e adolescentes não completaram o esquema vacinal, enquanto os casos da doença seguem em alta no Brasil

23/09/2024 às 16h03
Por: Agência 2CNews
Compartilhe:
Reprodução/Freepik
Reprodução/Freepik

Apesar do avanço na distribuição da vacina contra a dengue, a adesão à segunda dose do imunizante Qdenga segue abaixo do esperado. De acordo com o Ministério da Saúde, 521.497 crianças e adolescentes que receberam a primeira dose não retornaram para concluir o esquema vacinal. A recomendação é que a segunda dose seja aplicada três meses após a primeira, mas muitos não seguiram esse intervalo. "Sabemos que há pessoas que já deveriam ter recebido a segunda dose e não voltaram", afirmou Eder Gatti, diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), durante a 26ª Jornada Nacional de Imunizações, em Recife.

Continua após a publicidade

Os dados contrastam com o preocupante cenário de casos de dengue no país. Segundo o painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde, até o último dia 18 de setembro, o Brasil registrou 6.526.362 casos confirmados da doença. O número de mortes também é alarmante, com 5.395 óbitos confirmados e outros 1.814 ainda em investigação. Isso evidencia a urgência da imunização completa para conter a disseminação do vírus, especialmente em regiões com alta incidência.

O governo federal distribuiu, desde fevereiro, 4.792.411 vacinas contra a dengue aos estados e ao Distrito Federal, mas apenas 48,88% das doses foram efetivamente aplicadas e registradas no Sistema Único de Saúde (SUS). A baixa adesão preocupa autoridades de saúde, que alertam para o risco de novos surtos, sobretudo em áreas de alta transmissão como o Estado de São Paulo. A região contabiliza 2.120.312 casos desde o início de 2023, sendo 638.974 apenas na capital.

Em São Paulo, o número de mortes em decorrência da dengue também chama atenção. O estado registra 1.703 óbitos em investigação e 988 já confirmados, resultando em uma taxa de letalidade de 6,73% nos casos mais graves. Especialistas reforçam a importância de completar o esquema vacinal e manter medidas preventivas para evitar a proliferação do Aedes aegypti, vetor da doença.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários