Associações que representam companhias aéreas expressaram preocupação com a possível retomada do horário de verão no Brasil sem tempo suficiente para ajustes operacionais. Em uma nota conjunta, assinada por entidades como a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) e a International Air Transport Association (IATA), as empresas pedem um prazo de 180 dias entre o anúncio oficial e a efetiva implementação da mudança. A súbita adoção do novo horário, segundo elas, pode causar confusões nos horários de voos e conexões, impactando diretamente os passageiros.
A falta de coordenação com as companhias aéreas pode, segundo a nota, gerar perda de conectividade e transtornos para os clientes, especialmente em voos internacionais e domésticos que não aderem ao novo horário de Brasília. As empresas alertam que a temporada de verão e festas de fim de ano, tradicionalmente um dos períodos de maior movimentação, pode ser prejudicada, levando a atrasos e até mesmo ao risco de perda de voos devido à apresentação tardia dos passageiros.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou na última semana a volta do horário de verão, destacando que a medida poderia reduzir até 2,9% da demanda máxima de energia elétrica, resultando em uma economia de aproximadamente R$ 400 milhões entre outubro e fevereiro. No entanto, as companhias aéreas alertam que a mudança repentina traria consequências operacionais e logísticas significativas, que precisam ser consideradas antes de qualquer decisão.
As associações reiteram a importância de uma comunicação clara e com prazo suficiente para adaptação, garantindo que tanto as companhias quanto os passageiros possam se ajustar sem maiores prejuízos. O governo federal ainda está avaliando a recomendação do ONS e deverá decidir nos próximos meses se o horário de verão será adotado novamente.
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