O Banco Central (BC) anunciou uma revisão otimista em suas projeções de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, elevando a expectativa de 2,3% para 3,2% em 2024. Essa mudança reflete um crescimento robusto de 3,3% no PIB do segundo trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período do ano anterior, superando as expectativas que eram de apenas 1,6%. De acordo com o BC, o dinamismo observado na atividade econômica brasileira, especialmente no consumo das famílias e nos investimentos produtivos, foi fundamental para essa melhoria nos indicadores econômicos.
O relatório de inflação trimestral divulgado nesta quinta-feira (26) destacou que o aumento no consumo e os investimentos em setores cíclicos já vinham sendo registrados em trimestres anteriores, sinalizando uma recuperação econômica consistente. No entanto, apesar desse crescimento positivo, o relatório também revelou um aumento na expectativa de inflação, que passou de 3,96% para 4,31% para este ano, embora abaixo da previsão de 4,37% do boletim Focus. O BC atribui essa alta ao impacto da crise climática, que tem encarecido produtos agrícolas e bens industriais.
As dificuldades impostas pela seca em várias regiões do Brasil continuam a ser uma preocupação significativa. O relatório alertou que a seca pode atrasar o plantio da safra de verão, comprometendo a produção da safra de inverno no período ideal. Isso não só afeta a oferta de produtos, mas também pressiona os preços, contribuindo para a inflação. A combinação de chuvas abaixo do padrão e temperaturas elevadas ameaça ainda mais a produção agrícola e as tarifas de energia, que já estão em ascensão.
O cenário climático adverso tem impacto direto na inflação, refletindo um aumento nas tarifas de energia, conforme indicado pelo BC. As autoridades monetárias seguem monitorando a situação, destacando a necessidade de atenção às condições climáticas que podem prejudicar a economia. Assim, enquanto o crescimento do PIB apresenta um quadro positivo, os desafios impostos pela seca e a inflação requerem ações estratégicas para garantir a estabilidade econômica do país.
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