O cenário de aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em decorrência da covid-19 preocupa as autoridades de saúde em pelo menos seis estados brasileiros e no Distrito Federal. Segundo o Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o crescimento é notável em Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo. A análise revela que, apesar do aumento, já se observa uma desaceleração nos casos graves em São Paulo e Mato Grosso do Sul, oferecendo uma leve esperança em meio à crise sanitária.
Além da covid-19, o boletim aponta que as infecções por rinovírus, que afetam principalmente crianças e adolescentes até 14 anos, continuam em tendência de queda em várias regiões, exceto no Ceará e em Pernambuco, onde os casos ainda estão em ascensão. A preocupação com a saúde pública se intensifica à medida que dez das 27 unidades federativas do Brasil indicam um crescimento na longa duração dos casos de SRAG, incluindo estados como Acre, Ceará e Rio de Janeiro. Essa situação ressalta a necessidade de um monitoramento contínuo e de políticas de saúde efetivas para conter a propagação dos vírus.
A Fiocruz também destaca que, mesmo com a desaceleração, a covid-19 permanece como a principal causa de mortalidade por síndromes respiratórias entre a população idosa, sendo seguida pela influenza A. Tatiana Portella, pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz, enfatiza a importância da vacinação para idosos e grupos de risco, alertando que esses indivíduos devem procurar os postos de saúde para garantir a imunização.
Em meio a este cenário, as recomendações das autoridades de saúde permanecem cruciais. O uso de máscaras em locais fechados e com grande aglomeração de pessoas é fundamental, especialmente em unidades de saúde. Além disso, Portella reforça que a campanha de vacinação contra a influenza A já está em andamento na Região Norte, incentivando que todas as pessoas elegíveis busquem a vacina. A combinação dessas medidas pode ajudar a mitigar os impactos da SRAG e proteger as populações mais vulneráveis.
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