A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a ativação da bandeira tarifária vermelha, patamar 2, nas contas de luz do mês de outubro. A medida reflete o aumento nos custos de geração de energia devido à baixa nos níveis dos rios, que exigem o uso de usinas térmicas. Com isso, os consumidores pagarão R$ 7,87 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, o que representa um acréscimo de R$ 3,41 em relação ao valor cobrado no mês anterior, quando a bandeira vermelha estava no patamar 1.
Esse reajuste na tarifa foi impulsionado pelas condições hidrológicas desfavoráveis, que afetam o Sistema Interligado Nacional. A seca prolongada reduziu o volume de água nos reservatórios, o que resultou na necessidade de acionamento das usinas térmicas, que possuem um custo operacional mais alto devido ao uso de combustíveis. Esta é a primeira vez, desde agosto de 2011, que a bandeira vermelha no patamar 2 é ativada, após um longo período de bandeiras verdes e amarelas que predominou até julho de 2024.
O sistema de bandeiras tarifárias foi implementado pela Aneel em 2015 para alertar os consumidores sobre o custo real da geração de energia no Brasil. O objetivo é fornecer aos consumidores um mecanismo para adaptar seus hábitos de consumo de acordo com as condições de geração. Com a bandeira vermelha, o consumidor é incentivado a economizar energia e, assim, minimizar o impacto na sua fatura de eletricidade. Segundo a Aneel, esse sistema dá mais transparência ao processo, permitindo que os brasileiros tenham um papel ativo na gestão de seus gastos com eletricidade.
Nos últimos meses, as condições climáticas e o aumento no preço do mercado de energia contribuíram para a variação nas bandeiras tarifárias. A sequência de bandeiras verdes, que vigorava desde abril de 2022, foi interrompida em julho de 2024, com a ativação da bandeira amarela. Em agosto, a bandeira verde foi retomada, mas setembro trouxe a bandeira vermelha patamar 1, culminando agora com a ativação do patamar 2 para outubro. A expectativa é que, à medida que as condições hídricas melhorem, os custos de geração de energia também sejam ajustados.
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