O Brasil foi oficialmente reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o 20º país a eliminar a filariose linfática como um problema de saúde pública. A doença, também conhecida como elefantíase, é transmitida pela picada de mosquitos infectados e pode causar inchaços severos em várias partes do corpo, resultando em desfigurações e incapacidades permanentes. Com esse marco, o Brasil se junta a outras nações que conseguiram erradicar essa enfermidade tropical, reforçando o compromisso global com a saúde pública.
De acordo com a OMS, a filariose linfática estava restrita à região metropolitana do Recife, com o último caso registrado em 2017. Graças aos esforços de vigilância e administração de medicamentos em massa, a doença foi gradualmente eliminada. A eliminação no Brasil reflete a eficácia das estratégias de combate à doença, incluindo campanhas de quimioterapia preventiva que interromperam a transmissão do parasita causador da filariose.
A filariose linfática é uma das principais causas de incapacitação em longo prazo no mundo, afetando milhões de pessoas em países tropicais. Em 2023, cerca de 657 milhões de pessoas ainda viviam em áreas endêmicas, segundo dados da OMS. A entidade reforça que o tratamento preventivo em massa é fundamental para a eliminação da doença, que permanece endêmica em três países das Américas: República Dominicana, Guiana e Haiti.
Com a eliminação da filariose linfática, o Brasil também se torna o 53º país a eliminar pelo menos uma doença tropical negligenciada, um feito celebrado pela OMS. O diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, parabenizou o país, destacando que a conquista é um exemplo de progresso significativo na luta contra essas doenças, além de servir de inspiração para outros países que ainda enfrentam esse desafio.
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