A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, está agendada para prestar depoimento na Polícia Federal nesta quarta-feira (02) em relação às denúncias de assédio sexual e moral contra o ex-ministro Silvio Almeida. As alegações surgiram após a ONG Me Too Brasil revelar, em 6 de setembro, relatos de violência sexual, incluindo toques inapropriados e beijos não consentidos. Uma das vítimas mencionadas nos depoimentos seria a própria ministra Franco, que busca esclarecer os fatos e colaborar com as investigações.
O inquérito sobre as denúncias contra Silvio Almeida foi aberto no dia 17 de setembro, sob a ordem do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF). Além das acusações de assédio sexual, Almeida também é investigado por suposto assédio moral durante seu tempo à frente do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. A gravidade das alegações levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a demitir o ex-ministro no dia seguinte às revelações, ressaltando em uma nota que comportamentos dessa natureza são intoleráveis.
Silvio Almeida, por sua vez, nega as acusações e se defende, alegando que as denúncias são infundadas. A situação tem gerado um debate intenso sobre o ambiente de trabalho no governo e as medidas de proteção para as vítimas de assédio. O caso destaca a importância de se abordar questões de gênero e respeito no espaço público e nas instituições.
Com o depoimento de Anielle Franco, a expectativa é de que novas informações sejam trazidas à tona, contribuindo para a elucidação dos fatos. O desenrolar das investigações pode ter repercussões significativas, não apenas para o ex-ministro, mas também para a política de igualdade racial e de direitos humanos no Brasil, temas centrais na gestão atual do governo federal.
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