O Ministério da Saúde está em fase de elaboração de um novo programa de atenção domiciliar voltado a idosos com doenças crônicas, especialmente aqueles residentes em municípios com maior densidade populacional. A proposta foi encaminhada para análise da Casa Civil da Presidência da República, que atualmente avalia a disponibilidade de recursos financeiros para viabilizar o projeto. A iniciativa, chamada de “protocolo integrado,” visa melhorar o atendimento ao idoso, integrando servidores do Sistema Único de Saúde (SUS), assistentes sociais e o suporte das Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
Com cerca de 32,9 milhões de idosos, representando 15,8% da população brasileira, o país enfrenta o desafio de adaptar os serviços de saúde a essa parcela crescente de cidadãos. A expectativa do Ministério da Saúde é que, após a aprovação do projeto, seja possível definir as cidades que receberão o atendimento prioritário e o cronograma de implementação do programa. As equipes de saúde domiciliar proporcionarão um acompanhamento mais próximo e personalizado, especialmente para idosos que possuem dificuldades de locomoção.
A inclusão de novos campos no prontuário eletrônico, anunciada na semana passada pelo Ministério da Saúde durante o evento “Políticas Públicas para o Envelhecimento Saudável,” reforça o compromisso da pasta em aprimorar o atendimento ao público idoso. Essas atualizações permitirão uma avaliação mais detalhada das condições de saúde dos idosos, auxiliando as equipes de saúde na identificação precoce de doenças e monitoramento constante das condições crônicas. A medida visa, principalmente, oferecer dados mais completos que orientarão tanto o atendimento domiciliar quanto as decisões estratégicas em saúde pública.
Com projeções de que o número de idosos no Brasil alcance 58,2 milhões até 2040, o programa de atenção domiciliar se apresenta como uma resposta crucial à necessidade de atender essa população de forma sustentável e eficiente. A estruturação desse atendimento no ambiente domiciliar é uma alternativa para evitar internações desnecessárias e reduzir a superlotação das UBSs, enquanto proporciona uma assistência mais humanizada e próxima do paciente.
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