Uma iniciativa conjunta do Hospital da Criança de Brasília José Alencar (HCB) e da Universidade de Brasília (UnB) deu origem ao aplicativo PedOnco, voltado para apoiar familiares de crianças com câncer. Apresentado oficialmente durante a Feira de Negócios e Inovação da UnB, o app busca facilitar o entendimento do tratamento e das rotinas de cuidados essenciais, abordando temas como armazenamento de medicamentos, higiene e manejo de comprimidos. Financiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) e desenvolvido com a colaboração da Med Health, o PedOnco se destaca por seu visual acessível e amigável, pensado para envolver crianças e educar suas famílias.
A criação do PedOnco foi impulsionada pelos desafios enfrentados por cuidadores de crianças com leucemia linfoide aguda, uma vez que a falta de compreensão sobre a doença e seus tratamentos é apontada como uma das principais barreiras para a adesão. “A principal barreira foi a falta de entendimento – do que é a doença, para que o medicamento serve, quais são os efeitos adversos”, destacou a professora Patrícia Medeiros, da UnB, responsável pela pesquisa inicial. Para aumentar o alcance, o app funciona offline, permitindo que usuários acessem as informações mesmo sem conexão à internet, e inclui também uma versão em Braille para atender pacientes com deficiência visual.
O desenvolvimento do PedOnco foi viabilizado pelo Núcleo de Apoio ao Pesquisador do HCB, que orienta as equipes nas demandas documentais e operacionais das pesquisas e atua na articulação entre hospital e academia. Segundo a diretora técnica do HCB, Isis Magalhães, a parceria com a UnB reflete o compromisso da instituição com a saúde pública e a inovação em tratamentos. “É uma construção em conjunto para atender às necessidades práticas do hospital e buscar soluções que façam diferença na vida dos pacientes e suas famílias”, disse.
Após o lançamento, o HCB estuda formas de avaliar o impacto do aplicativo na adesão terapêutica, com planos de implementá-lo como ferramenta oficial dos protocolos de tratamento. “Queremos avaliar a efetividade e, quem sabe, integrar o PedOnco aos protocolos de oncologia pediátrica”, comentou Cristiane Salviano, gerente de Pesquisa do HCB.
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